Saxofón Latinoamericano


La investigación sobre el saxofón en el contexto de la creación musical contemporánea de América Latina ha sido una preocupación permanente del trabajo artístico y docente del Dr. Miguel Villafruela, con el propósito permanente de ampliar el repertorio para el instrumento e incentivar la motivación hacia la creación de obras para el saxofón de parte de los compositores latinoamericanos.

En ese sentido, esta publicación Saxofón Latinoamericano tiene entre otros objetivos, a difundir la creación de los compositores latinoamericanos para saxofón e informar todo lo relacionado con el repertorio para el instrumento, existente en esta región del mundo.

Esta página es la primera edición para Internet que aborda el tema del saxofón en América Latina y a la vez se convierte en la actualización y renovación constante de su libro El Saxofón en la Música Docta de América Latina.

Ricardo Tacuchian

CompositorRicardo Tacuchian (1939 )
BiografíaRICARDO TACUCHIAN, filho de imigrante armênio, nasceu no Rio de Janeiro, em 1939. É um atuante compositor, regente, ensaísta, animador cultural e professor universitário. Graduou-se pela UFRJ em Piano, Composição e Regência, realizando, em seguida, cursos de Pós-graduação em Composição e em Regência na mesma Universidade. Estudou composição com José Siqueira, Francisco Mignone, Claudio Santoro e, mais tarde, nos Estados Unidos, com Stephen Hartke. Trabalhou em Regência com Hilmar Schatz (Alemanha) e Hans Swarowsky (Austria) em cursos de curta duração realizados no Rio de Janeiro e frequentou classes de Regência Coral ede Regência Orquestral na University of Southern Califórnia, onde recebeu seu título de DMA in Composition.

Nos anos 60 fundou a Orquestra Filarmônica Estudantil, a Orquestra de Câmara Antonio Vivaldi, o Coral Universitário e o Centro de Estudos de Música Brasileira, iniciativas criadas em seu período universitário. Nos anos 70, Tacuchian foi um dos fundadores e o primeiro regente do Ensemble Ars Contemporanea, especializado em música do Século XX e para o qual escreveu várias de suas obras daquele período. Nesta mesma época dirigiu, também, o grupo vocal-instrumental Síntese, dedicado à música medieval e renascentista e à música contemporânea tocada com instrumentos antigos. No início de sua carreira foi Educador Musical e Animador Cultural, quando desenvolveu intensa pesquisa sobre as Bandas de Música Civis do Estado do Rio de Janeiro. Em 1985 dirigiu o maior grupo instrumental de toda a história da música brasileira: uma banda com dois mil músicos, apresentando um programa de música tradicional e popular brasileira, na Praça da Apoteose, no Rio de Janeiro. Regeu orquestras como a Orquestra de Câmara da Rádio MEC, Orquestra de Câmara do Brasil, Orquestras Sinfônica e de Câmara da Escola de Música da UFRJ, Orquestra da Universidade de São Paulo, Orquestra Sinfônica da Universidade Federal da Bahia, Orquestra da UNIRIO, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, Orquestra Sinfônica de Santa Maria, Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina, Orquestra Sinfônica Nacional, Orquestra Sinfônica de Goiânia, Orquestra Filarmônica do Espírito Santo,USC Community Orchestra (Los Angeles, CA), SUNYA University Community Orchestra(Albany, NY) e a Orquestra Sinfônica Artave (Porto, Portugal), além de coros como a Associação Coral Evangélica, o Coro do Teatro Municipal do RJ e a Associação de Canto Coral (os dois últimos em gravações fonográficas). O Maestro Tacuchian foi o Regente Titular da Orquestra da UNIRIO (2001-2004) e em janeiro de 2004 regeu um concerto coral sinfônico, na Cidade do Porto (solistas portugueses, Orquestra Artave e Coral Polifônico da Lapa), com um programa exclusivamente dedicado à sua obra.

Sua música vem sendo executada em todo território nacional pelas principais orquestras e solistas brasileiros e em todos os Festivais de Música Brasileira. No exterior, sua música já foi tocada, ao vivo, na Rússia, Armênia, Sri Lanka, Bulgária, Sérvia, Croácia, Áustria, Itália, Alemanha, Suíça, Polônia, Inglaterra, Finlândia, Suécia, Noruega, Holanda, Bélgica, França, Espanha, Portugal, Canadá, Estados Unidos, México, El Salvador, Venezuela, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina, num total de 94 cidades. Entre as salas e séries internacionais citam-se: Tage Neuer Musik (Bonn), Scloss Gottesau (Karlsruhe), Staatsoper Berlin, Markgräfliches Opernhaus (Bayreuth), Park Lane Group Music Today Series e St. John’s, Smith Square (London), Salle Gaveau (Paris), Conservatoire Darius Milhaud (Aix en Provence), World Harp Congress e Schlosstheater Schönbrunn (Vienna), 9º Festival Internacional de Música Contemporánea (Alicante, Espanha), I Bienal Internacional de Música Heitor Villa-Lobos (Salamanca, Espanha), V Festival Europeo de Jovens Músicos (Madri), Teatro Filodrammatici (Milão), Hall of the Armenian Evangelical Centre, (Yerevan, Armênia) Filarmônica de Novossibirsk (Rússia), “Terra Brasilis” (Stockholm, Suécia), Festival Viva Guitarra (Gryfice, Polônia), Philip Koutev Concert Hall (Sofia, Bulgária), Guitar International Series (Toronto), National Library of Canada (Ottawa), Brazilian American Cultural Institute (Washington, DC), Fulbright Concert (Los Angeles), University of New York at Buffalo, University of New York at Albany, Vorpal Gallery e Other Minds Festival (San Francisco), North/South Consonance (New York), Sonidos de las Americas, Carnegie Hall (New York), Subtropics Music Festival (Miami), Florida International University (Miami), Indiana University (Bloomington), Boston University (Boston), Segundo Encuentro Latinoamericano de Arpa (México), III Festival de Música Contempránea de El Salvador, 8º Festival Latinoamericano de Música (Caracas), Fundación Encuentros Internacionales de Musica Contemporanea e Teatro Colon (Buenos Aires), entre muitas outras. Tacuchian, ainda, representou o Brasil no I Festival Internacional de Música do Século XX (Moscou, 1981) e, no mesmo ano, visitou a Suiça, dirigindo um grupo musical brasileiro (coro, banda e dança). Após um primeiro período, quando escreveu numa linha nacionalista e neoclássica (como as obras sinfônicas Dia de Chuva, de 1964, e Imagem Carioca, de 1963-1967), Tacuchian adotou uma linguagem mais contemporânea em 1965, com sua Cantata dos Mortos. A obra foi impedida de ser executada devido ao regime político-militar da época, sendo estreada apenas 13 anos após. Imediatamente seguiram-se duas gravações da obra, uma delas sob a regência do autor, com a Associação de Canto Coral, na Sala Cecília Meireles (Rio).

Nos anos 70, o estilo de Tacuchian se identifica com uma série de oito peças chamadas “Estruturas”, para diferentes grupos instrumentais (de piano a quatro mãos até a orquestra sinfônica). As “Estruturas” são obras de vanguarda, mas que preservam certo equilíbrio entre o experimentalismo e a emoção. Estruturas Obstinadas (para trio de metais) de 1974 é uma das primeiras peças na produção brasileira a apresentar uma linha minimalista. Estruturas Simbólicas, por ocasião de sua estreia, em 1974, foi considerada, pela crítica, como uma “das produções aleatórias nacionais de melhor acabamento formal”. Seis obras da série estão registradas no CD “Estruturas” (RioArte Digital). As Estruturas Sinfônicas foram estreadas pela Orquestra Sinfônica Brasileira, regida por Isaac Karabtchevsky, na Sala Cecília Meireles, em 1977. O mesmo regente e a mesma orquestra reapresentaram a obra em 1978, na Sala Cecília Meireles e, em 1987, no Teatro Cultura Artística de São Paulo e no Theatro Municipal do Rio. Em 1981, Roberto Duarte já havia regido a obra na IV Bienal de Música Brasileira Contemporânea, na Sala Cecília Meireles, com a OSB. Por sua vez, a OSESP também a programou em 1981, no Teatro Cultura Artística de São Paulo (John Neschling, regente). A mesma orquestra executou Estruturas Sinfônicas em 2001, na Sala São Paulo OSESP (Carlos Kalmar, regente).

Sua peça Núcleos para Pequena Orquestra, tocada mais de uma vez pela Orquestra Sinfônica Brasileira (1984 e 1985), pela Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFRJ (IV Panorama da Música Brasileira Atual, 1983), pela Orquestra Sinfônica Municipal de Santos (Festival Música Nova de Santos, 1998) e também pela USC New Music Orchestra (Los Angeles, USA, 1988) e pela Orquestra Artave (Porto, Portugal, 2004), exprime uma outra abordagem estética do compositor nos anos 80. Dentro desta nova linha, Tacuchian já havia escrito o Concertino para piano e orquestra de cordas, obra consolidada no repertório pianístico brasileiro e que já mereceu inúmeras execuções (inclusive nos EE.UU. e na Alemanha) por uma meia dúzia de diferentes solistas. Neste período, que ele chama de pós-moderno, Tacuchian valoriza parâmetros de textura, densidade, timbre e dinâmica, dentro de um contexto de impulso rítmico em contraste com a expressão lírica, além de uma atmosfera urbana e cosmopolita. Paralelamente, o compositor resgata a melodia e a harmonia como elementos estruturais de sua nova linguagem. Por exemplo, o noneto Rio/L.A. (1988) que reflete o vigor de duas megalópoles, Rio de Janeiro e Los Angeles _ emprega instrumentos pouco comuns em música de concerto como o baixo elétrico, a cuíca e o agogô. De outro lado, elementos de jazz, samba e pop music são interligados numa estrutura em permanente transformação edentro de técnicas composicionais contemporâneas. Foi estreada em Los Angeles (1989), sob a regência do autor, e, mais tarde, apresentada no Theatro Municipal de São Paulo, num Concerto dedicado exclusivamente à sua obra (1992), na Sala Cecília Meireles do Rio de Janeiro (1993), durante a X Bienal da Música Brasileira Contemporânea eno Music of the Americas Festival, em Miami (2001). Já o ballet Hayastan (1990), para orquestra sinfônica, foi composto para marcar a herança armênia docompositor e foi estreado em 1993 com a Orquestra Sinfônica Estadual de São Paulo (maestro Roberto Tibiriçá). O próprio autor a regeu com a Orquestra Sinfônica do Festival de Londrina (1999). A Amazônia Filarmônica (com o maestro Lutero Rodrigues, no Teatro Amazonas), a Orquestra Sinfônica Nacional (com a maestrina Ligia Amadio), e a Orquestra Petrobras Sinfônica (com o maestro Carlos Prazeres) executaram esta obra, as duas últimas no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Tacuchian é o inventor de um novo sistema de controle de alturas chamado Sistema-T. Seus trabalhos da década de 90 estão escritos neste sistema que adquiriu o maior desenvolvimento e relevância na obra Giga Byte, para 14 sopros e piano obbligato e estreada no Rio de Janeiro em 1994 e Terra Aberta, para soprano e orquestra, encomendada pela Prefeitura do Rio de Janeiro para comemorar a visita do Papa João Paulo II àquela cidade (lançado em CD pela RioArte, com a Orquestra Sinfônica Brasileira, Ruth Staerke, soprano, e Roberto Tibiriçá, regente). A obra foi reapresentada pela Orquestra Sinfônica Municipal de Santos, com Heloisa Petri, soprano, e Gustavo Petri, regente, no Teatro Municipal de Santos (1999). Outra obra escrita com a ferramenta do Sistema-T foi Toccata Urbana (para quarteto de madeiras, piano e quinteto de cordas), estreada em New York City (2000), por ocasião das comemorações dos 20 anos de atividades do North/South Consonance Ensemble que fez a encomenda e a quem a obra é dedicada. Três anos mais tarde a obra foi lançada em CD pelo North/South Chamber Orchestra (Max Lifchitz, regente). Todas as obras da série Especiarias (para instrumentos solos, sem acompanhamento) foram escritas sob o Sistema-T.

A obra de Tacuchian tem sido encomendada, publicada e divulgada pela mídia, no Brasil e no Exterior, além de ter sido gravada comercialmente no Brasil e Estados Unidos (Profiles, para violão, em 1992, Toccata Urbana, em 2003, Transparências e Cono Sur, em 2004, e Litogravura, em 2009, foram lançados em CDs, nos Estados Unidos). Nos Estados Unidos sua editora é a North/South Editions. Escreveu um Concertino para Flauta (gravado em Israel por James Strauss e a Israel Strings Ensemble, regida por Ada Pelleg) e um para Piano, obras sinfônicas (Estruturas Sinfônicas _1976_ é sua primeira obra sinfônica de grande vulto), dez Cantatas, música de câmara para grupos convencionais (por exemplo, quatro quartetos de cordas, dois quintetos de sopros) enão convencionais, obras para violão, piano, canto, coro e computer music _ ao todo perto de 250 títulos. Sua obra está gravada em 36 álbuns de CD (num total de 73 peças gravadas), 1 álbum, disponível em download, além dos antigos discos de LP. A obra para piano de Tacuchian é uma das mais vastas e mais idiomáticas do repertório contemporâneo nacional e faz parte do repertório de importantes pianistas no Brasil e no exterior. Vários pianistas têm seu Concertino para piano em seu repertório. Sua Cantata de Natal (estreada sob a regência de Roberto Duarte) para soprano, barítono, narrador, coro e orquestra, encomendada pela Universidade Federal Fluminense, já teve mais de 20 apresentações ao vivo (foi gravada duas vezes pela televisão brasileira). Seus dois Concertinos, sua Cantata Ciclo Lorca (Barítono, Clarineta e Orquestra de Cordas) e o quarteto de Percussões Cárceres já foram apresentados alternadamente em várias cidades da Alemanha (Bonn, Karlsruhe, Roth, Ansbach, Neuburg).

Em 2001, Tacuchian foi convidado pela Florida International Universitypara participar do Music of the Americas Festival 2001, onde fez uma palestra sobre sua obra, com a apresentação, ao vivo, do noneto Rio/L.A. Na mesma ocasião sua Sinfonieta para Fátima foi executada na New World School of the Arts, onde o compositor fez, ainda, um seminário sobre a sua obra. No mesmo ano, duas de suas mais importantes obras sinfônicas foram programadas pela Orquestra Sinfônica Nacional (Hayastan) e pela Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Estruturas Sinfônicas).

O ano de 2002 foi particularmente rico para a carreira do compositor. Ele participou do Other Minds Music Festival 8, em San Francisco, California, onde foram apresentadas quatro de suas obras para violão e para piano. Sua Toccata Sinfônica foi estreada pela OSESP (Mo. John Neschling) e, em seguida, programada pela Orquestra Sinfônica do Paraná (Mo. Roberto Duarte) e Sinfônica Petrobrás Pró-Música (Mo. Lutero Rodrigues). Seu Ciclo de Canções Três Cantos de Amor, encomendado pela Fundação Apollon, da Alemanha, para comemorar o centenário de nascimento de Carlos Drummond de Andrade, foi estreado em Bayreuth e, em seguida, executado em Berlim, Viena e Londres. No ano seguinte, a mesma Fundação lhe fez a encomenda da Cantata de Câmara Assim Contava o Baiá (para voz, piano, flauta/flautim, percussão e violoncelo), obra que foi apresentada em oito cidades europeias e duas brasileiras.

Em 2010 seu Concerto para violão e orquestra foi estreado por Turíbio Santos com a Orquestra da UFRJ (Ernani Aguiar, regente). Nícolas de Souza Barros fizera a estreia da versão reduzida para violão e piano. No ano seguinte, foi lançado um CD com a gravação deste Concerto (Turíbio Santos, violão, Orquestra do Estado de Mato Grosso, sob a regência do maestro Leandro Carvalho) e estreado na Europa com a Joven Orquesta Sinfónica Ciudad de Salamanca (Dimitri van Halderen, violão e Gustavo Úbeda, regente). Além do Concerto para violão, as mais recentes obras sinfônicas do compositor são Fanfarra Campesina (2005, encomenda da Sala Cecília Meireles, para comemorar os 40 anos de sua fundação; estreada no mesmo ano, com a OSB, com o maestro Oswaldo Colarusso, e reapresentada no ano seguinte pela Orquestra Sinfônica de Brasília, com o maestro João Guilherme Ripper), Biguás (2009, também encomendada pela Sala Cecília Meireles, pela passagem dos 50 anos de morte de Villa-Lobos, a quem a obra é dedicada; estreada no mesmo ano pela Orquestra Petrobras Sinfônica, com Ricardo Rocha, e reapresentada, no Theatro Municipal, pela OSB, em 2011, com Marcos Arakaki), Le Tombeau de Aleijadinho (2011, estreada no mesmo ano pela Orquestra Petrobras Sinfônica com André Cardoso) e a Sinfonia das Florestas (2012), com solo de soprano, em 4 movimentos: 1. Amazônia; 2. Cerrado; 3. Queimadas; 4. Mata Atlântica, estreada em 2013 na Espanha (León, Ávila e Salamanca), pela Orquesta Sinfónica del Conservatorio Superior de Música de Castilla y León, com Sofía Pintor, soprano e Javier Castro, director.

Tacuchian possui vários prêmios e títulos honoríficos. Sua obra foi selecionada pela Tribune Internationale des Compositeurs du Conseil International de la Musique, UNESCO (Estruturas Primitivas, em 1977) e pela International Society of Contemporary Music (Ritos, em 1978). Em 1981 foi eleito membro da Academia Brasileira de Música, instituição cultural e honorífica fundada por Heitor Villa-Lobos, seu primeiro Presidente. Tacuchian foi o Presidente da ABM nos períodos 93-97 e 2006-2009. Em 1988 o LP Manuel Bandeira (produzido pela UFRJ) recebeu o prêmio de Melhor Disco de Poesia do Ano, sendo R. Tacuchian, autor da música, agraciado com voto de louvor da União Brasileira de Escritores “em reconhecimento à sua brilhante e valiosa contribuição ao disco”. Entre 1987 e 1990 o compositor viveu nos Estados Unidos, mantido por bolsas da CAPES e da Fulbright Commission, esta última“um prêmio competitivo concedido a artistas envolvidos em pesquisa, criatividade e programas de estudos”. Recebeu o grau de Doutor em Música (Composição) da University of Southern California em 1990. Neste mesmo ano e na mesma Universidade ganhou o Academic Achievement Award, “prêmio conferido a estudantes pós-graduandos internacionais que se destacam em suas respectivas especialidades”. Nos Estados Unidos, o compositor realizou vários concertos (20 apresentações ao vivo de sua obra, algumas sob sua regência), programas de rádio, conferências, editou sua música e, em 1990, foi eleito membro da Pi Kappa Lambda National Music Honor Society (USA), “em reconhecimento pelo mais alto nível de realização musical e erudição universitária”. O International Biographical Centre (Cambridge, Inglaterra) conferiu-lhe o prêmio International man of the year for 1992/93 (em Música), concedido a “ilustres personalidades cujas realizações e liderança se destacaram na Comunidade Internacional”. Em 1996 recebeu as medalhas Láurea Carlos Gomes da Academia de Letras e Música (Brasília) e a de Visitante Ilustre da Universidade Federal de Santa Maria e o título de Personalidade Cultural Internacional do Pen Clube do Brasil. Em 1998 foi agraciado com o título de Personality of the Year, pelo American Biographical Institute (Raleigh, North Caroline), baseado nas “relevantes realizações até o presente que são documentadas na coleção biográfica nacional e internacional do Instituto sobre distintas Personalidades de nosso tempo”. É Professor Titular da UFRJ (aposentado), por concurso público de títulos e provas. Na UFRJ criou, pioneiramente no país, a disciplina Música Brasileira, em 1975, o Panorama da Música Brasileira Atual, em 1978, e promoveu a criação do primeiro curso superior de violão numa Universidade pública brasileira (1980). Em 1995 defendeu, na Unirio, uma tese sobre o Sistema-T, o que lhe valeu, pela segunda vez, uma posição de Professor Titular. Nesta Universidade, entre outras posições, foi Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-graduação (1999-2000). No primeiro semestre de 1998, foi Professor Visitante da State University of New York at Albany, onde lecionou Música Brasileira e Composição Musical. Na ocasião, fez várias conferências em universidades americanas e regeu concerto com sua música (Imagem Carioca). Em 2000, viajou para a Itália, Bellagio, para uma Residência na Villa Serbelloni, nas margens do Lago di Como, onde escreveu o Quarteto de Cordas nº 3“Bellagio”, sob os auspícios da Rockefeller Foundation. Nove meses depois a obra foi estreada em Milão (Teatro Filodrammatici), numa programação do Istituto Brasile-Italia, IBRIT (Consolato Generale del Brasile a Milano). O Quarteto de Cordas nº 4 “Trópico de Capricórnio” é de 2011, encomendado pela Funarte e foi estreado no mesmo ano, na XIX Bienal de Música Brasileira Contemporânea. Em 2006, Tacuchian foi homenageado pela Rádio MEC FM, com uma série de 14 programas radiofônicos, dedicados exclusivamente à sua obra. Em 2011 foi o compositor homenageado pelo 15º Concurso de Piano de Ituiutaba, com uma semana de programações dedicadas à sua obra. Em 2009 Tacuchian foi o compositor homenageado do VII Concurso de Jovens Talentos da AV-Rio. No ano seguinte foi nomeado Membro Honorário da Associação de Violão do Rio de Janeiro, AV-Rio. Em 2012 foi o Compositor Homenageado do Seminário Internacional de Violão Vital Medeiros, em Suzano, São Paulo.

Entre 2002 e2003, o maestro morou em Portugal, a convite da Universidade Nova de Lisboa e com apoio do Governo Brasileiro (CAPES), para ministrar aulas como Professor Visitante (na Universidade Nova de Lisboa), realizar pesquisas musicológicas (pós-doutorado no Museu da Música Portuguesa) e apresentar sua música. Em 2011 ministrou um Curso sobre Música do Brasil no Século XX no Centro de Estudios Brasileños de la Universidad de Salamanca. Naquela mesma cidade espanhola, seu Concerto para Violão e Orquestra teve sua estreia europeia.

Tacuchian publica constantemente trabalhos de pesquisa nas principais revistas especializadas brasileiras e já proferiu mais de duas centenas de palestras em Congressos e Universidades brasileiras, europeias e norte-americanas. Foi editor de Revistas especializadas em música. Fez a Edição do Choros nº 7 e do Concerto para Harpa e Orquestra de Villa-Lobos para o Banco de Partituras da Academia Brasileira de Música. Foi o Coordenador de duas Bienais da Música Brasileira Contemporânea (FUNARJ) e Pesquisador do CNPq e Membro do Conselho Curador e de Programação do Theatro Municipal do Rio de Janeiro (2001-2), onde coordenou a Série Música Brasileira do Século Passado.

Seu nome é verbete de enciclopédias internacionais como o MGG, o Grove’s e o Baker’s, além de ser citado em todos os livros de referência sobre música no Brasil. Em 2005 foi contratado pelo governo português para a Comissão Nacional de Avaliação do Ensino da Música nas Universidades Portuguesas.

Em 2008 passou a fazer parte do Conselho Consultivo da Fundação Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e foi homenageado pela Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, pelas suas “realizações como cidadão dedicado à difusão da arte”. Desde 2008, Tacuchian é o Diretor Musical da SAMAS - Associação de Amigos da Antiga Sé do Rio de Janeiro (Igreja Nossa Senhora do Carmo). Em 2011 foi nomeado pelo Reitor da Universidad de Salamanca Consejero, para la Creación Musical, del Centro de Estudios Brasileños daquela Universidade.

https://sites.google.com/site/tacuchianmusica/biografia

Obras catalogadas del compositor Ricardo Tacuchian

Compositor Título de la Obra País
Tacuchian, Ricardo (1939 ) Delaware Park Suite / Primeiras impressões de viagem (1988) Brasil