Saxofón Latinoamericano


La investigación sobre el saxofón en el contexto de la creación musical contemporánea de América Latina ha sido una preocupación permanente del trabajo artístico y docente del Dr. Miguel Villafruela, con el propósito permanente de ampliar el repertorio para el instrumento e incentivar la motivación hacia la creación de obras para el saxofón de parte de los compositores latinoamericanos.

En ese sentido, esta publicación Saxofón Latinoamericano tiene entre otros objetivos, a difundir la creación de los compositores latinoamericanos para saxofón e informar todo lo relacionado con el repertorio para el instrumento, existente en esta región del mundo.

Esta página es la primera edición para Internet que aborda el tema del saxofón en América Latina y a la vez se convierte en la actualización y renovación constante de su libro El Saxofón en la Música Docta de América Latina.

Obra escogida

CompositorVillani-Côrtes, Edmundo (1930 )
PaisBrasil
ObraCinco Miniaturas Brasileiras ()
FormatoSaxofón y piano
Instrumentación Saxofón soprano y piano
Movimientosa) Preludio b) Toada c) Choro d) Cantiga de Ninar e) Baiao
Duración9:10
Datos CompositorEdmundo Villani-Côrtes (Juiz de Fora, Minas Gerais, 1930). Compositor, arranjador, regente,
pianista e professor. Filho de músicos amadores, inicia-se na área como autodidata, imitando,
no cavaquinho, as posições que o irmão faz ao violão. Mais tarde, dedilha ao violão as músicas
“que tira de ouvido”. Em 1947, estuda piano com Nialva Bicalho e, posteriormente, com
Cincinato Duque Bicalho. Três anos mais tarde, torna-se pianista na Orquestra Filarmônica de
Juiz de Fora. Nessa época, toca na rádio PRB3 e na Orquestra de Mário Vieira, da Rádio
Industrial, onde escreve seus primeiros arranjos. O preconceito de Bicalho frente ao
envolvimento de Villani-Côrtes com a música popular, leva-o a abandonar o curso. Segue seu
aprendizado de piano no Conservatório Brasileiro de Música do Rio de Janeiro, onde se forma
com Guilherme Mignone, no período de 1951 a 1954. Em 1953, muda-se para o Rio de Janeiro
e integra a Orquestra Tamoio do maestro Cipó (1922-1992). Em 1955, retorna à Juiz de Fora,
ali ficando até 1959. Nesse período, estreia seu Concerto nº1 para Piano e Orquestra (1955),
forma-se em Direito pela Universidade de Juiz de Fora, e dirige, por dois anos, o Conservatório
Estadual de Música. Em 1960, muda-se para São Paulo, onde se aperfeiçoa em piano com José
Kliass (1895-1970), de 1960 a 1963 e estuda composição com Camargo Guarnieri (1907-1993),
entre 1963 e 1965. Torna-se pianista de orquestras como as de Osmar Milani (1920-2003), de
Luis Arruda Paes (1926), e das Rádios Bandeirantes, Gazeta e Record. No fim dos anos 1960,
realiza a trilha do filme O Matador (1968), de Amaro César (1922) e Egídio Eccio (1929-1977).
Dedica-se, nas duas décadas seguintes, à orquestra da Televisão Tupi, atuando como pianista e
arranjador e produzindo cerca de mil arranjos. Ali conhece o diretor da Academia Paulista de
Música, Bernardo Federowski, que, em 1973, convida-o a integrar o corpo docente dessa
instituição nas cadeiras de harmonia funcional, arranjo e improvisação. Em 1978, influenciado

pela breve formação em composição com Hans-Joachim Koellreutter (1915-2005), escreve
Noneto1, que recebe a menção honrosa do concurso Noneto de Munique (Instituto Goethe).
Em 1982, torna-se professor de contraponto e composição na Universidade Estadual Paulista
Júlio de Mesquita Filho (Unesp) da qual se aposenta em 1999. Também leciona na
Universidade Livre de Música. Seu ingresso na academia, impulsiona a obtenção do mestrado
em composição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1988, e do doutorado
pela Unesp em 1998. De 1989 a 1991, atua como pianista no quinteto do programa Jô Soares
Onze e Meia, no canal Sistema Brasileiro de Televisão (SBT). Entre 1990 e 1999, desenvolve seu
trabalho como regente da orquestra Jazz Sinfônica de São Paulo. É premiado sete vezes pela
Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA): Melhor Peça Erudita Vocal (1990), Melhor Peça
Sinfônica-Coral (1995), Melhor Peça Experimental (1998), Melhor Peça Coral Sinfônica (2007,
2008, 2009), e o Grande Prêmio da Crítica pelo conjunto da obra (2012). No exterior,
destacam-se a estreia de seu Concerto para Flauta e Orquestra, em Londres, pela Covent
Garden Chamber Orchestra (2000) e a tournée internacional de Maria José Carrasqueira na
qual interpreta seu Concerto n. 3 para Piano e Orquestra com a Orquestra Filarmônica da
Armênia (2010). Edmundo Villani-Côrtes desenvolve uma obra clara, simples e direta. Sua
principal formação é na prática profissional. O estilo franco e comunicativo é resultado da
soma das experiências como ouvinte (rádio, cinema, vida musical familiar), das
experimentações como instrumentista autodidata, dos estudos de harmonia e composição e
da intensa experiência de escrever arranjos. Todo esse aprendizado lega, à sua obra,
características da música popular brasileira (sobretudo urbana), do jazz norte-americano, do
repertório clássico romântico europeu [o alemão Joseph Haydn (1732-1809), o polonês
Frédéric Chopin (1810-1849), o russo Dmitry Shostakovich (1906-1975)] e, particularmente, do
impressionismo francês [Claude Debussy (1862-1918) e Maurice Ravel (1875-1937)]. Também
incorpora elementos que aparecem de forma menos sistemática, como a politonalidade, a
utilização de escalas octatônicas e outras técnicas pós-tonais. Sua escrita se mantêm focada
em uma linguagem tonal, predominantemente homofônica e calcada no desenvolvimento de
temas melódicos. Essa mescla afirma os preceitos do compositor. Ele diverge dos
compositores de vanguarda, que defendem que a composição deve sempre comportar
elementos novos. Para Villani-Côrtes,“o bom escritor [...] é aquele que sabe utilizar o
vocabulário conhecido e entendido por todos para passar uma nova ideia com clareza. Ele não
precisa inventar um novo vocabulário ou uma nova língua para ser original”2. Assim, o
compositor lança mão de todas as referências que construem sua escuta musical para
extravasá-las em suas próprias obras. O musicólogo Lutero Rodrigues reflete sobre a coerência
do compositor com suas origens: “se o seu ouvido foi o único canal que lhe revelou a riqueza
sonora das manifestações musicais às quais podia ter acesso, extraindo o máximo de
informações do limitado universo em que se formou, a partir do momento em que começou a
compor, tornou-se o ouvido seu principal guia – ao lado dos conhecimentos adquiridos em
longos anos de estudos – aquele que lhe passou a mostrar os caminhos a seguir e dar-lhe a
última palavra em qualquer tomada de decisão durante o processo de composição”3. Apesar
de não se ligar a nenhum movimento estético, Villani-Côrtes compôs peças que mostram a
influência dos dois principais que estavam em vigência no país. Um deles é estilo nacionalista,
especialmente quando é aluno de Camargo Guarnieri, sem nunca ter sido um estudioso do
folclore brasileiro. O outro, a estética de vanguarda, quando é aluno de H. J. Koellreutter. Seu
percurso como músico popular e arranjador fazem com que algumas influências tornem-se
mais marcantes. A música de Radamés Gnatalli (1906-1988), por exemplo, que, além de
compositor, é um dos maiores arranjadores da era do rádio, incide de maneira contundente
em sua produção. O acervo composicional de Villani-Côrtes possui mais de três centenas de

obras escritas para instrumentos solistas, canto e piano, coro, conjuntos de câmara, banda
sinfônica, orquestra sinfônica, e obras concertantes para quase todos os instrumentos
orquestrais. Entre elas, destacam-se seus três concertos para piano, suas Cinco Miniaturas
Brasileiras para Orquestra de Cordas (1999), suas Três Cantatas (2000) sobre textos que
relatam a História do Brasil no século XX [o Ato Institucional nº5, a Carta da renúncia do
presidente Jânio Quadros (1917-1992) e Carta-Testamento do presidente Getúlio Vargas
(1883-1954)], e sua ópera Poranduba (estreada em 2007). Tem uma incursão no movimento
da Jovem Guarda, no disco Temas de Sempre na Música “Jovem” - The Jet Black's e Edmundo
Villani-Côrtes (Chantecler, 1967). Tem composições gravadas por artistas do gênero Brega,
como Hugo Santana (1936) e Martha Santana.
FONTE: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa586114/edmundo-villani-cortes
CONTATO: https://www.facebook.com/edmundo.villanicortes
ATUALIZAÇÃO: SET 2020
Grabación(CD) MINIATURAS, SERESTAS E OUTRAS IMAGENS DO BRASIL.
DUO Heimann-Braga.Erik Heimann Pais (saxofones) y Míriam Braga (piano).
Erik Heimann Pais (saxofón soprano) y Míriam Braga (piano).