Saxofón Latinoamericano


La investigación sobre el saxofón en el contexto de la creación musical contemporánea de América Latina ha sido una preocupación permanente del trabajo artístico y docente del Dr. Miguel Villafruela, con el propósito permanente de ampliar el repertorio para el instrumento e incentivar la motivación hacia la creación de obras para el saxofón de parte de los compositores latinoamericanos.

En ese sentido, esta publicación Saxofón Latinoamericano tiene entre otros objetivos, a difundir la creación de los compositores latinoamericanos para saxofón e informar todo lo relacionado con el repertorio para el instrumento, existente en esta región del mundo.

Esta página es la primera edición para Internet que aborda el tema del saxofón en América Latina y a la vez se convierte en la actualización y renovación constante de su libro El Saxofón en la Música Docta de América Latina.

Obra escogida

CompositorGonzaga, Chiquinha (1847 -1935.0 )
PaisBrasil
ObraCecy (Valsa) (1932)
FormatoSaxofón solo
Instrumentación Saxofón
Duración6:47
Datos CompositorFrancisca Edwiges Neves Gonzaga (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1847 - idem, 1935).
Compositora, pianista, regente. Fruto do relacionamento de Rosa de Lima Maria, uma filha de
escrava alforriada, e o oficial do Exército brasileiro marechal de campo José Basileu Neves

Gonzaga. Aos 11 anos, apresenta sua primeira composição, Canção dos Pastores, numa festa
de Natal. Estuda piano com o maestro Elias Álvares Lobo. Em 1863, casa-se com o oficial da
Marinha Mercante Jacinto Ribeiro do Amaral, escolhido por seu pai. Seis anos depois,
abandona o casamento, e a família a expulsa de casa e não permite que leve dois de seus três
filhos. Passa a lecionar piano e a frequentar a boemia e as rodas de choro levada pelo flautista
Joaquim Antônio da Silva Callado. Nesse ambiente, conhece o engenheiro de estradas de ferro
João Batista de Carvalho Jr., com quem tem uma filha. Novamente separada, instala-se com o
primogênito no Bairro de São Cristóvão, dá aulas de piano e retorna à boemia, aos bailes e às
festas com o grupo Choro Carioca. Aos 30 anos, edita sua primeira música: a polca para piano
Atraente. O êxito autoral segue com as polcas Sultana (1878) e Camila (1879). Continua os
estudos de piano com Artur Napoleão (1843-1925). Escreve para o teatro musicado Festa de
São João, em 1880, e, recusado pelos empresários da época, o libreto fica inédito por quatro
anos. Em 1883, cria músicas para a opereta Viagem ao Parnaso [libreto de Arthur de Azevedo
(1855-1908)], mas não é encenada porque o empresário não admite uma peça musicada por
mulher. Dois anos depois, estreia como autora das músicas da opereta A Corte na Roça, texto
de Palhares Ribeiro, no Teatro Imperial (posteriormente São José), com a companhia
portuguesa Souza Bastos, e, em 1888, com A Filha do Guedes, rege pela primeira vez uma
orquestra. Promove, em 1886, reuniões de violonistas em diversos bairros cariocas para
valorizar o violão, instrumento considerado pelas elites burguesas como símbolo da
malandragem. Compõe o choro Sabiá na Mata para o concerto que organiza para 100 violões,
no Teatro São Pedro (atual João Caetano).
Nos anos 1880, integra os movimentos abolicionista e republicano arrecadando fundos com a
venda de partituras. Destina a renda da edição de Faceira para a libertação de escravos, e com
o dinheiro da venda das partituras de Caramuru compra a alforria do escravo e músico Zé
Flauta. Na época da Revolta da Armada, em 1893, compõe a cançoneta Aperte o Botão, que,
considerada ofensiva pelo governo do marechal Floriano Peixoto, lhe rende ordem de prisão e
apreensão das partituras. Em 1899, compõe o hino carnavalesco Ó Abre-Alas para o cordão
Rosa de Ouro e se envolve com o português João Batista Fernandes Lage, 36 anos mais jovem,
com quem vive até sua morte. Fernandes Lage tem 16 anos e ela o apresenta como filho. Ele
funda em 1919 o selo independente Disco Popular, que lança o cantor Francisco Alves, com a
marchinha O Pé de Anjo e o samba Papagaio Louro, ambos do compositor Sinhô. O selo dura
apenas dois anos. Chiquinha faz três viagens a Portugal, onde se apresenta e escreve para
peças portuguesas, entre 1902 e 1909. De volta ao Rio de Janeiro, cria operetas e músicas para
peças dos cineteatros da Praça Tiradentes, como Forrobodó, opereta em três atos de Luís
Peixoto e Carlos Bittencourt, encenada em 1912. De 1910 a 1914, com seu conjunto musical,
registra uma parcela de sua obra em discos de 78 rpm. Em 1911, parte para a defesa dos
direitos autorais de compositores e teatrólogos após encontrar suas partituras sendo
comercializadas sem crédito na Alemanha. Funda em 1917 a Sociedade Brasileira de Autores
Teatrais (Sbat). Escreve sua última obra, as músicas da peça Maria, libreto de Viriato Corrêa,
em 1933. É responsável pela criação musical de mais de 77 peças de teatro e 2 mil músicas,
entre polcas, maxixes, valsas, modinhas, lundus, fados, gavotas, tangos, habaneras, quadrilhas,
mazurcas, barcarolas, serenatas e algumas peças sacras. A pianista Clara Sverner é uma das
principais intérpretes de sua obra com um disco dedicado a Chiquinha Gonzaga, lançado em
1998. Além dela, gravam tributos à compositora os pianistas Antonio Adolfo (Viva Chiquinha
Gonzaga, em 1985, Abraça Ernesto Nazareth e Chiquinha Gonzaga, em1991, e Chiquinha com
Jazz, em 1997), Rosária Gatti e o grupo Nosso Choro (150 Anos - Inéditas e Célebres, 1997),
Leandro Braga (A Música de Chiquinha Gonzaga, 1991), Maria Tereza Madeira (Chiquinha
Gonzaga - Série Mestres Brasileiros, 1999), Thalita Peres (Clássicos e Inéditos, 1999) e a
cantora Olívia Hime (Canta Chiquinha Gonzaga - Serenata de uma Mulher, 1998).
FONTE: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa21786/chiquinha-gonzaga

REFERÊNCIAS: www.chiquinhagonzaga.com
ObservacionesValsa, s.d. Dedicada "ao ilustre maestro Anacleto Medeiros". Inédita em gravação. Embora a composição deva ser anterior a 1907, data da morte do maestro, não conhecemos edição da música para piano. Integra a série de choros para saxofone intitulada Alma Brasileira, editada em 1932 pela própria maestrina.